A cooperativa possui em seus pilares e valores institucionais a inovação em saúde e tem demonstrado que está no caminho certo
Inovar nem sempre está ligado à tecnologia, mas sempre está conectado à mudança, à renovação e à melhoria de processos. Pensando em como aperfeiçoar a qualidade de atendimento e acolhimento de seus beneficiários e colaboradores e cooperados, a Unimed Ponta Grossa, nos últimos anos, tem criado projetos visando à inovação em saúde.
A inovação é um dos métodos de crescimento econômico. Mas podemos entender ainda que esse crescimento pode influenciar no bem-estar das pessoas – impactando outras áreas, como social, ambiental, saúde, entre outros tantos benefícios…Inclusive, na visão de Eduardo Bacila de Sousa, presidente da Unimed Ponta Grossa, não há como entregar saúde sem inovação.
A cooperativa ponta-grossense foi fundada em 7 de junho de 1978 na cidade de Ponta Grossa, sendo o quarto município mais populoso do estado paranaense. A cooperativa sempre buscou pensar no futuro da comunidade, não à toa, investe em recursos próprios desde 2007 e tem a inovação como um dos seus seis valores institucionais.
Leia também: Atendimento focado em terapias especiais é referência no Oeste
O presidente da gestão atual é médico-cooperado da Unimed Ponta Grossa há 13 anos. Embora na presidência hoje, Sousa já passou por inúmeros projetos dentro da cooperativa, sendo membro do Conselho Fiscal, coordenador do Núcleo de Desenvolvimento Humano (NDH), integrante do Conselho Técnico-Ético e diretor Financeiro na gestão anterior. Ele é médico urologista e cirurgião-geral, além de possuir MBA em Gestão de Cooperativas de Saúde e curso de Liderança na Inovação (MIT).
Confira abaixo a entrevista completa sobre inovação em saúde:
Quais projetos inovadores da Unimed Ponta Grossa impactaram, de forma positiva, o cotidiano da comunidade em que a cooperativa está inserida?
O projeto Inova PG – que são reuniões semanais com os colaboradores discutindo temas de inovação; o projeto do Pronto Atendimento Digital – que é um PA digital em que o paciente não precisa, necessariamente, ir até o Pronto Atendimento físico.
Além disso, a maioria dos nossos projetos inovadores impactou não diretamente o beneficiário, mas melhorou muito os nossos processos internos, então indiretamente acabou impactando a comunidade.
Como o senhor percebe a relação do Sistema Unimed com a saúde e a inovação?
Saúde e inovação vão ter que andar juntas. Acredito que seja uma ligação sem volta, porque não iremos conseguir oferecer saúde de qualidade sem estar conectado à inovação. Seja melhorando processo, melhorando acessos, melhorando resultados e dados. Então, acredito que não tem como não andar juntas neste momento.
Dentro do contexto da pandemia, como foi o processo de inovação na cooperativa nesses últimos dois anos? E foi possível notar a importância da inovação durante esse período para a melhoria dos processos?
O processo da pandemia foi uma reinvenção. Mas destaca-se, em Ponta Grossa, um programa chamado Bem Cuidado – que inclusive foi premiado no Prêmio Inova + Saúde – que era justamente o acompanhamento dos pacientes que foram internados e atendidos em virtude da Covid-19. A gente fazia esse atendimento digital, que, devido à pandemia, não era possível fazer presencial. Foi um projeto de sucesso, pois utilizamos de um sistema digital para atender e acompanhar esses pacientes no pós-Covid.
O que a gente viu e percebeu era que já estávamos trabalhando uma cultura de inovação e, em virtude da pandemia, acelerou essa cultura. Mas por que? Porque o colaborador viu que ele precisava de algo diferente para fazer suas entregas, independentemente de onde estava aquele processo. Talvez tenha sido um legado desse período.
Para a continuidade dos trabalhos, a Unimed Ponta Grossa tem projetos futuros dentro do tema inovação?
Temos vários projetos, alguns se destacam: o Open Inovation (Inovação aberta), que estamos a um passo de implantar; além de termos, desde o dia 29 de agosto de 2022, um contrato de parceria com a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) para ações de promoção da inovação científica e tecnológica na área da saúde. Nós estamos muito próximos, em Ponta Grossa, de criarmos um plano digital. Seria a parte mais ousada desse ciclo de inovação a criação de um plano totalmente digital.
Como uma cooperativa pode servir como agente de transformação para a comunidade em que está inserida?
A cooperativa precisa ser esse agente de transformação para a sociedade, porque se resgatarmos os princípios cooperativistas, o sétimo princípio fala em interesse pela comunidade. Então, neste caso, a cooperativa é boa para o médico, porque traz resultados; é boa para os colaboradores (e hoje temos quase mil na Unimed Ponta Grossa) e para as suas famílias, pois ofertamos emprego e renda; ela é boa para os beneficiários, porque atendemos com qualidade; mas ela precisa ser boa para a sociedade também, então, parte desse resultado, – que eu acredito ser o grande diferencial de uma cooperativa, a gente devolve para a sociedade.
Confira outras entrevistas de presidentes das Singulares do estado:
Atendimento focado em terapias especiais é referência no Oeste
Investimento em atendimento de qualidade impulsiona Unimed Norte Pioneiro-PR
Atendimento especializado para pacientes oncológicos
Alta nos casos respiratórios mudaram o atendimento
Acolhimento humanizado e cuidado com a saúde da população
A importância de uma saúde acessível para a comunidade
Expansão da Unimed Campo Mourão visa o cuidado com a comunidade
Cooperativismo e comunidade: história de sucesso da Unimed Londrina